por Jonas Taucci
O título deste texto, foi uma pergunta realizada por um
visitante ao Centro Rosacruz de Santo André, a muitas décadas.
Há que se saber qual a essência desta pergunta: encontrar
Cristo fisicamente? Isto aconteceu a cerca de dois mil anos, com a humanidade da
época, mas isto nunca se repetirá, pois ELE jamais se utilizará novamente de um
corpo físico para manifesta-se na Terra.
O ponto de partida, para entendermos isto, reside
(resumidamente) no fato de:
*** JESUS – Pertence à onda de vida humana.
*** CRISTO – O mais alto iniciado dos arcanjos. Utilizou
os corpos denso e vital de Jesus, para trazer seu ministério à Terra.
Repetimos, Cristo jamais
se utilizará novamente de um corpo denso para vir à Terra, o que torna este
encontro (físico) com a humanidade, impossível. No evangelho de Mateus
(capítulo 24 - versículo 23), ELE nos adverte:
- Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo
está aqui ou ali, não lhe deis crédito. Em I Tessalonicenses (capítulo 4 – versículo 17), nos é
informado (e dado muita importância pelo fiel aspirante rosacruz), que
encontraremos Cristo nos ares,
e para alcançarmos esta situação, há um trabalho interno a ser desenvolvido por
todos nós.
Os Ensinamentos da
Sabedoria Ocidental nos informam que Cristo voltará no mesmo Corpo Vital
utilizado da primeira vez, e Max Heindel, em Filosofia Rosacruz em P&R – volume II, perguntas 96 a 102 nos
dá uma bela explicação sobre isso, sendo estes ensinamentos não encontrados em
nenhuma outra fonte religiosa, espiritualista ou esotérica. Vale a pena serem
lidas!
Aqui, um dado interessante: há uma infinidade de livros
com respeito a cristais e suas propriedades. Não é objetivo deste texto este
assunto, contudo no livro Cartas aos
Estudantes # 32: O Corpo Vital de Jesus, o Sr. Heindel
nos fala que:
Cristo não se esconde, aliás, com a aproximação da Idade
Aquariana o éter Crístico estará cada vez mais acentuado entre as pessoas que o buscam internamente. A
resposta mais adequada à pergunta formulada pelo visitante, está no final do
Ritual Rosacruz de dezembro, com referência ao Natal:
*** “...quanto mais cedo nos
convencermos que devemos dar nascimento ao Cristo Interno antes de podermos ver
o Cristo exterior, mais depressa chegará o dia da nossa iluminação espiritual.
Cada um de nós será, oportunamente, conduzido pela Estrela até ao Cristo, mas é
necessário acentuar, que não seremos conduzidos a um Cristo exterior, mas ao
Cristo que está no Interior”.
Contudo, há sim – inequivocamente – uma forma de “escondermos” (e bem...) nosso Cristo
Interno:
*** Nos vestirmos da hipocrisia de (apenas) falarmos,
ouvirmos, escrevermos e lermos sobre o Cristo, desprezando nossos semelhantes,
numa total embriagues esotérica; isto eclipsa totalmente nosso desenvolvimento
interno.
*** Sermos como sepulcros; caiados e formosos por fora,
entretanto – interiormente – cheio de
ossos de mortos e de toda imundície.
(Evangelho de Mateus, capítulo 23 - versículo 27).
Quanto a data em que Cristo voltará à Terra (utilizando o
corpo vital de Jesus, segundo os Ensinamentos Rosacruzes), no evangelho de
Marcos (capítulo 13 – versículo 32) Cristo diz: “aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o Pai”.
Sobre este assunto, Max Heindel, em Filosofia Rosacruz em
P&R Volume II – pergunta 110, diz:
*** “Predizer que a
vinda de Cristo ocorrerá numa data determinada será absurdo e um sinal de
ignorância. Pode até ser presunçoso conjecturar a época aproximada em que
ocorrerá o Segundo Advento, mas, segundo o autor, já que os ciclos
precessionais, na medida em que estão ligados à evolução do ser humano, parecem
começar com a entrada do Sol em Capricórnio, poderá haver uma manifestação
nessa época. Se isso for correto, o Advento só poderá ocorrer daqui a três mil
anos, pelo menos”.
Máximo Confessor foi um teólogo nascido em Constantinopla
no ano de 580, oriundo de uma família aristocrática; abandonou esta condição
para ser monge. Defendia a ideia (e a apresentou em vários concílios) de que Jesus e Cristo são duas naturezas distintas.
Para o aspirante rosacruz, este fato é uma realidade,
sabedor de que Jesus cedeu seus corpos denso e vital para Cristo, contudo
a aproximadamente dois milênio atrás, Máximo Confessor enfrentou sérios
problemas por acreditar nisto: foi flagelado, sua língua e mão direita
decepadas (impedido assim de falar e escrever respectivamente ) e – no exílio -
faleceu em 13 de agosto do ano 662).
Existem antiquíssimos ícones (quadros de santos) que
retratam Máximo Confessor revelando, ainda que simbolicamente no toque entre os
dois dedos, a natureza distinta entre:
*** Jesus
*** Cristo
João Cassiano (aproximadamente 365-435 d.c.), também
monge, dizia:
- Bem-aventurados aqueles que ouviram as
palavras (faladas) de Cristo.
Contudo, mais bem-aventurados aqueles que ouvem seus silêncios (seus atos).
Mas, isto fica para outro artigo...
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