Imagem: O Caminho para Emmaus por Gemäld Von Robert Zünd
por Gilberto Silos
Lucas 9 (57-62)
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um:
Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.
E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.
E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:57-62
E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.
E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:57-62
A escolha, a decisão de trilhar o caminho da
espiritualidade é um impulso interior, uma iniciativa do espírito, não produto
de um momento de emoção ou fruto de um pensamento. É um ato de coragem serena, não
mera bravata.
Sepultar os mortos e despedir-se dos seus é apegar-se a
algo que oferece uma segurança ilusória, aparente. Assemelha-se ao sentimento
que assaltou os hebreus no deserto quando ao sentirem falta e saudade das
panelas de carne do Egito, erigiram o bezerro de ouro, ou à mulher de Lot que
transformou-se em estátua de sal ao olhar para trás e contemplar a destruição
de Sodoma e Gamorra. Simboliza uma forma de cristalização.
Para quem quer trilhar o caminho não existe uma só
família estabelecida nos laços de sangue. A família é toda a humanidade, como
dizia Tomas Payne. Somente esse estado de consciência pode libertar alguém da
influencia do espírito de raça que engendra os sentimentos arraigados de clã,
família e raça. Isso se torna possível através de uma ruptura com os paradigmas
da humanidade comum, pois não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo.
A verdadeira espiritualidade é um caminho, uma trilha. Um
caminho leva a um destino.
Consideremos como exemplo concreto, a rodovia que liga
São Paulo a Presidente Prudente. Podemos estudá-la detalhadamente, consultando
um mapa, calculando os quilômetros que separam as duas cidades, verificando em
livros quais as estradas interessantes que a estrada atravessa. Tudo isso pode ser muito atraente e
interessante, mas não será assim que chegaremos
ao nosso destino. Se quisermos ir a Presidente Prudente teremos de
iniciar a viagem.
Trilhar o caminho significa por em prática todos os
conhecimentos adquiridos, modificar a própria vida, o comportamento,
transformar-se constantemente em algo novo e diferente.
Esse processo de transformação é um compromisso sério, ou
seja, é mais do que isso, é um comprometimento, uma responsabilidade.
Um cientista pode fazer uma grande descoberta que o
projete mundialmente e ao mesmo tempo continuar a ser uma pessoa agressiva,
amiga do álcool, das drogas ou de qualquer outro prazer mundano. A sua vida e o
seu comportamento não afetarão a sua descoberta. O mesmo não se pode dizer da
descoberta espiritual. Por ínfima que seja, ela produz um efeito direto sobre a
pessoa. Força a mudança de hábitos e atitudes. Não acontece o mesmo com o ser
humano comum, pois o mundo aceita novas verdades desde que não haja
comprometimentos.
O objetivo do caminho da espiritualidade é a sabedoria, a
totalidade do homema vitória sobre a dualidade (polaridade), a união consciente
com Deus, o casamento místico, enfim a consciência cósmica.
O Caminho da Iniciação, do livro: Iniciação Antiga e Moderna de Max Heindel, Cap.: A Iniciação Mística Cristã (veja aqui)
Esse caminho deve ser trilhado com desapego. Os
ensinamentos espirituais devem libertar o homem de suas velhas fixações. Porém,
sempre há o risco de tornarem-no objeto de novas fixações; Acredita-se ter dado
um passo à frente, quando na verdade houve apenas ua troca do objeto de apego.
Mudou-se apenas de fixação. Em síntese, a trilha da espiritualidade é o caminho
da constante transformação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário