O lavatório dos pés ou o “lava-pés”, cujo simbolismo é
profundo e de suma transcendência, é considerado pela grande maioria como um
ensino puramente moral de humildade e abnegação.
Em João nós lemos:
“Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se
assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me
chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e
Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. ” (João
13:12-15)
Os Rosacruzes relacionam esta passagem (que como
sabemos, é uma das etapas que teremos que vencer para chegarmos à iniciação), com o contínuo movimento de cooperação e retribuição entre os diversos reinos
da Natureza. É uma alusão a que a Lei do Superior é o produto do Inferior. O
que está mais alto na escala da evolução necessita do que está mais abaixo em
uma escala descendente, porque, se não existissem as sucessivas escalas,
apoiando-se uma nas outras, o superior não teria onde firmar-se.
O Cristo, o enviado de Deus, não poderia ser tal sem os
apóstolos, os quais deram “bases” para seus ensinos e, por meio deles pode
manifestar-se logo em toda Sua glória e poder.
Assim sendo, o aspirante rosacruz tem o conhecimento da necessidade da prática dessa lei da natureza, que não lhe pede apenas humildade, mas reverência e colaboração consciente no serviço para com todas as ondas evolutivas.
Mais sobre o "Lava-pés" : veja O Lavapés místico de cada um de nós:
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