29 de out. de 2013

Paulo e a Persistência em Fazer o Bem

por Luiz Márcio da Silva
Ref.: I Corintios, 5:17
 
Um dos desafios mais importantes entre tantos na vida do aspirante espiritual à vida superior, é a de transformar o homem velho em homem novo. Neste particular, São Paulo é um exemplo vivo, pois antes de sua conversão na estrada de Damasco e o encontro com Ananias, ainda era Saulo, o homem velho.
Pertencia Às legiões romanas e acima de tudo, era cidadão romano, cumprindo rigorosamente a Lei, fazendo uso da força, da energia, sentenciava cristãos à morte. Defendia então a Lei.
Entretanto, a caminho de Damasco, Saulo fica cego, ouve a voz do Senhor,e da[i em diante torna-se um soldado de Cristo. Posteriormente passa a ser chamado de Paulo.
Quando São João nos diz que estava numa ilha chamada Patmos nos dá a chave da natureza das suas visões porque a palavra Patmos significa iluminação. Nos tempos anteriores a Cristo a expressão ilha de Patmos era usada como referência à iniciação. Por meio do processo iniciatório o amado Discípulo estava apto para em Espírito ou no estado de consciência requerido, ver nos planos elevados e lá funcionar em corpos invisíveis.
Estudando o livro da Revelação vemos como um dos seus aspectos fundamentais que ele foi escrito dentro do místico número sete. Assim: João teve sete visões nas quais recebeu as mensagens para as sete igrejas. Existem sete anjos ante o trono, tendo sete lâmpadas de fogo e sete trombetas. Há sete castiçais, os sete selos do livro e os sete trovões. A significação do uso desse número está explicada nos ensinamentos da ciência oculta que diz que o homem é sétuplo, tendo um tríplice Espírito que possui um tríplice corpo ligado com a mente. No corpo do homem existem sete centros espirituais, os quais quando despertos e desenvolvidos expressam os poderes espirituais do Espírito interno.
Desde que o homem é sétuplo e uma vez que ele é o componente de um Todo neste campo particular da evolução - para quem a mensagem de São João é particularmente dirigida, podemos supor que aquela mensagem que deve ser escrita no "livro" e enviada às sete igrejas contém informações a respeito do homem em si mesmo. Em outras palavras, as sete igrejas são uma forma simbólica de expressão que se refere aos sete centros no homem, os quais devem ser desenvolvidos através de um processo espiritual. Todo homem sendo um Deus em formação, eventualmente obterá o destino da Divindade.
A descrição dada por aquele que fala à João com "uma grande voz como uma trombeta", sugere um Poderoso Ser da onda de vida arcangélica. A tremenda vibração emanada de tal Ser constituirá uma "veste que irá até aos pés", enquanto que o cabelo - "branco como a neve" - e os olhos "como a flama do fogo", indicam a pureza e o poder espiritual de tão exaltado Ser. A "afiada espada de dois fios" sugere o poder positivo-negativo do Espírito desenvolvidos a um alto grau.
 publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil, setembro,1981
 
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