9 de dez. de 2012

O Rito da Imaculada Concepção

por Corinne Heline
Ref.: Mateus, 1
O Evangelho de Mateus se inicia com a genealogia do homem Jesus. E uma forma de chamar nossa atenção para os ensinamentos do Cristianismo Esotérico onde se esclarece que Jesus, embora altamente espiritualizado, o Ego mais avançado que viveu sobre a Terra, com toda sua pureza e santidade, pertencia, no entanto, à onda de vida humana, terrena. Nesse renascimento ele veio à Terra com a finalidade de revelar a todos os seus irmãos humanos a possibilidade a todos oferecida e acessível, de se tornar um dia como ele e maior ainda.
O Evangelho de Mateus corrobora essa asserção:
"E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; e desde Davi até à deportação para a Babilônia, catorze; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, mais catorze gerações" (Mateus 1 :16-17).
Os significados internos também mantêm que José e Maria eram Iniciados da Ordem dos Essênios (os cristãos místicos daquele tempo) os quais, integralmente conscientes de suas missões, prepararam-se para se tornarem os castos e puros pais do Mestre Jesus.
Foi missão dos videntes e profetas do Velho Testamento prepararem a vida de Jesus e o grande trabalho redentor do Cristo. Não somente predisseram os eventos relacionados com esse acontecimento, como, por meio da profunda compreensão que possuíam, explicaram alguma coisa da natureza da missão, tanto de Jesus como do Cristo:
"Eis que a virgem conceberá a dará à luz um filho e chamá-lo-ão peio nome de EMANUEL, que, traduzido é: Deus conosco" (Mateus 1:23).
Após esse versículo há uma interpolação. Os textos originais guardavam o verdadeiro sentido esotérico. Depois a religião cristã se foi perdendo no dogma, no credo e no ritualismo. Ao procurar provar a verdade da Imaculada concepção pelo Espírito Santo, pessoas já desconhecedoras dos significados sagrados e das forças espirituais que podem operar na vida de cada grande iniciado, acrescentaram o seguinte enxerto:
"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de ajuntarem achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria difamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um Anjo do Senhor, dizendo: José filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo" (Mateus 1: 18-20).
Jesus é mais que um exemplo inspirador: é o supremo Semeador de todos os homens. Como excelso membro de nossa humanidade, revelou as possibilidades de realização do cada homem. O que ele fez, todos poderão fazer. Pertencesse Jesus a uma outra ordem de seres e por certo não poder.a ter sido o exemplo que agora é, para nossa emulação.
Todavia, atente-se para isto: não devemos tomá-lo como retrato da um ideal abstrato de perfeição, somente possível para quem tenha atingido um estado super-humano de desenvolvimento. Não. O que Ele fez, representa, é, o destino de cada um, no presente estágio humano. Devidamente interpretada, a Bíblia está acorde com uma nova Era, em que estes princípios serão mais clara e largamente admitidos, em consonância com uma ciência espiritualizada. Ela virá reforçar a verdade de que todos se agruparão num mais íntimo relacionamento prático, com os elevados Iniciados, Jesus, Maria e José. Não só nos associaremos cada vez mais com eles, como nos tornaremos à sua semelhança, à medida que nossos atos se forem conformando à vontade de Deus. Um novo despertar dessas verdades e sua prática no diário viver irão processando o advento da Nova Era, cuja aurora será prenunciada pelo estabelecimento das condições que prepararão a volta futura do elevado e arcangélico espírito de Cristo.
Cada advento, na vida de Jesus Cristo, encontra um paralelo na vida daquele que aspira os dotes do Iniciado, tal como Jesus, Maria e José. Da mesma forma, em cada religião pré-cristã ou Escola iniciática, sem exceção, o caminho da realização é prenunciado nas vidas dos grandes mestres, tão claramente como foi mostrado aos cristãos pela vida de Jesus Cristo.
Nos movimentos pré-cristãos vemos sempre uma imaculada concepção, a realização de milagres, uma crucifixão e uma ressurreição. Assim é, porque o caminho da iniciação é similar para todos. Daí cada mestre ser figurado experimentando esses degraus anímicos em sua vida. Há, todavia, uma exceção: a lenda da Estrela a guiar os Magos está ligada apenas ao nascimento de Jesus. Essa estrela misteriosa era o Arcanjo Cristo, adejando no alto abençoando o nascimento de Jesus e induzindo o seu corpo santificado com os Seus poderes celestiais, a fim de torná-lo um veículo adatável ao Seu uso posterior durante os três anos de Seu Ministério na Terra.
 
Parte 8 (jan, 1966)da série The Gospels de Corinne Heline, publicado na "Rays from the Rose Cross" no período de maio de 1965 a setembro de 1974. Tradução publicada na revista Serviço Rosacruz de janeiro, 1967.
 

25 de out. de 2012

As Evidências do Renascimento na Bíblia


por João Pereira Jr.
 
Não é sem razão que muitos estudiosos dos Evangelhos encontram dificuldades em compreendê-los, pois é necessário meditar longamente nas entrelinhas. Sem nos alongarmos demasiado, vamos examinar, segundo nos­sa capacidade, algumas citações de Mateus.

"Se, pois, trouxeres ao altar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-se com ele; e então, voltando, faze tua oferta. Entra em acordo com o teu adversário enquanto estás com ele no caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali enquanto não pagares o último centavo". (Mat. 5:21 a 26).

O que é altar senão a nossa consciência, e oferta senão as preces e vi­brações que fazemos a todo o mundo? Reconciliarmo-nos com o adversário é um convite do Mestre ao exame noturno de consciência e à oração. E caminho, na citação, é um indicativo de nossa presente existência. Interessante é notar, também, que os Senhores do Destino estão figuradamente representados pelo juiz e o oficial de justiça, que nos sentenciam à prisão de novos corpos, pelo renascimento, até que tenhamos saldado a última parte da dívida, perante a lei de causa e efeito.

Mais adiante vemos enunciada uma disciplina preventiva de um renasci­mento triste: "Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti, pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno", e assim também com as mãos. Todos sabemos das causas remotas de um renascimento num corpo aleijado ou idiota, sem possibilidade de recuperação naquela vida, por efeito da lei "o que se­meares, isto mesmo colherás". Não é como estar num inferno? No entanto, é uma forma de prevenir que se caia em falta maior e se perca a própria alma.

Há passagens evangélicas que deixam perplexas as pessoas afeitas à sua meditação. Um exemplo é a do paralítico trazido num leito perante Cristo-Jesus. E este lhe disse: "Tem bom ânimo, filho- perdoados estão os teus pecados". Os escribas ficaram es­candalizados com estas palavras e ainda hoje pode-se julgar que o Mestra quisera exorbitar a lei de Causa e Efeito. Outro caso é o do cego a quem o Nazareno curou, misturando saliva com a terra e fazendo lama. Outro ainda, o do paralítico que aguardam há muito a possibilidade de alcançar a piscina, quando o Anjo lhe vinha agitar as águas. O Mestre curou-o simplesmente, fora, dizendo que seus pecados estavam perdoados. Pois bem, não há de que estranhar. O Cristo vira em tais casos a extinção das dividas de destino pendente.

Quando urna pessoa cai enferma é submetida pelo médico a rígida disci­plina e às vezes impõe a necessidade de uma intervenção cirúrgica, com amputação de um membro, para que se salve o restante do corpo. Mas isto não livra a vítima de futuras complicações, caso se dê a novos desuses. Semelhantemente o Mestre dava por findas as causas de destino e, como Médico divino proclamava a cura. Mas não deixava de advertir: "Vai e não peques mais, para que te não suceda coisa pior"', mostrando a cadeia ininterrupta de novas causas.

Aos ouvidos duros de entendimento. Cristo cita ainda, o caso de Elias, renascido como João Batista: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos de ouvir, ouça". (Mat. 11: 14, 15). Não é preciso dizer que ainda hoje há ouvidos que não querem ouvir, em virtude dos preconceitos, citações tão claras a respeito do renascimento.

Cristo compara também esta geração a crianças que brincam nas praças, gritando uns com os outros, sem cultivar os aspectos mais sérios da vida presente e futura, no além.

Vejamos agora Mateus 16:13 a 16: “Indo Jesus para as bandas de Cesaréia de Felipe, perguntou a seus discípulos: — Quem, dizem os homens, ser o Filho do Homem? — E eles responderam: uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos Profetas. Se para aquela gente Jesus seria, ou João (já decapitado, então), ou Elias (que o Antigo Testamento cita haver sido arrebatado ao céu num carro de fogo, etc., não re­vela isto a crença natural daquela gente no renascimento?

Muito mais poderíamos dizer, das outras partes do Novo Testamento e também do Velho Testamento, para corroborar a declaração de Max Heindel, de que o renascimento era ensinado antes de Cristo e mesmo por Êste, em secreto, a Seus discípulos.

Outros pontos de ocultismo podem ser igualmente esquadrinhados pela a mente inquiridora e lógica do estudante rosacruz, mercê das chaves que se lhe dão.

Publicado na revista Serviço Rosacruz, fevereiro, 1964
Nota: João Pereira Jr. foi redator da revista Serviço Rosacruz durante vários anos.

11 de out. de 2012

Falsos Deuses

por Gilberto Silos
 
“Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagem de esculturas, nem semelhança alguma do que há em cima, nos céus, nem embaixo, na terra. Não as adorarás nem lhes darás culto porque eu sou o senhor teu Deus”. (Exodo:20)
O livro do Êxodo trata da fuga da limitação, de como libertarmo-nos de nossas limitações, indo além de nós mesmos. Uma das grandes limitações do ser humano é atribuir um poder incomensurável às coisas externas, tais como doenças, poder, riqueza, prestígio. Quando atribuímos poder a alguma coisa, curvamo-nos perante ela e admitimos que é maior e mais forte do que nós.
Os egípcios, gregos, romanos babilônios, faziam imagens gigantescas. Representavam forças que eles temiam, respeitavam e lhes davam segurança. Quando os hebreus, no deserto, erigiram o “bezerro de ouro”, evocavam algo que lembrava a falsa segurança que imaginavam desfrutar no Egito.
Se alguém admira ou teme demais alguma coisa efêmera, exterior, está elegendo outro deus ou ídolo, está lhe atribuindo poder. Alguns dos ídolos modernos são bem conhecidos, tais como o consumismo, o sexo, as drogas e o poder. Quando alguém adora coisas externas é porque tem receio do que lhe poderá acontecer se as perder. Porém, a salvação do homem é justamente perder sua crença nessas coisas.
A espiritualidade deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas. O espírito, a evolução, a nossa essência são prioridades. É fundamental que cada um permaneça vigilante olhando atentamente ao seu redor, para não transformar alguma coisa em ídolo, elegendo outros deuses.
Publicado na revista Serviço Rosacruz número desdonhecido

25 de set. de 2012

Espiritualizando a Mente


Ref.: várias passagens bíblicas (vide gravura)
A harmonia perfeita do ensino da Bíblia com o do Conceito Rosacruz do Cosmos está bem exemplificada pelas declarações dadas em ambos, relativas à natureza e importância da mente, o veículo menos desenvolvido do homem. “A mente é o instrumento mais importante possuído pelo espírito, e seu instrumento especial no trabalho de criação”, é declarado no Conceito.

O trabalho que será feito aperfeiçoando os poderes mentais envolve um esquema completo de vidas corretas, como ensinado nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. O núcleo de material do qual nós estamos buscando para construir uma mente organizada agora foi irradiada em nós no Período Terrestre pelos Senhores da Mente, e do Mundo do Pensamento veio a substância mental adicionada desde aquele tempo.

A tendência separatista pertencente ao plano da razão que contrasta com o Mundo do Espírito de Vida, pois é contrária ao princípio unificante, é considerada “o mal” . Isto, adicionada ao fato que a mente está unida à natureza dos desejos e tem suas atividades instigadas pelos Lucíferos, traz ao homem o problema principal durante esta fase de sua evolução: a “renovação” de sua mente, ou a infusão constante dela com as vibrações espirituais mais altas até que fique na direção completa do Espírito.

Obter controle da mente requer concentração. Através do uso da concentração aprende-se a fazer a mente focada e dotada de poder suficiente para realizar o objeto para o qual é dirigida. Para a maioria das pessoas isso é difícil, pois o corpo mental é ainda um veículo indefinido, informe. Persistência paciente, porém, trará geralmente os resultados desejados.

Com isto a mente fica sob o controle do pensamento saturado com o Princípio de Amor-Sabedoria, de forma que não será usada egoisticamente. Essa “Cristificação” é a transmutação de todas as tendências egoístas que são absorvidas pela sublime natureza espiritual inerente no Espírito individual. Daí o “Véu que foi abolido por Cristo”. Assim seguimos o mandamento do “amarás o Senhor teu Deus .com toda a tua mente.”
sintetizado do artigo: Spiritually Minded publicado na Rays from the Rose Cross Magazine de julho, 1975, por Eduardo Melo e publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil de nov/dez, 2000

8 de set. de 2012

A Visão de Patmos


Ref.: Apocalípse, 1:9-16
Quando São João nos diz que estava numa ilha chamada Patmos nos dá a chave da natureza das suas visões porque a palavra Patmos significa iluminação. Nos tempos anteriores a Cristo a expressão ilha de Patmos era usada como referência à iniciação. Por meio do processo iniciatório o amado Discípulo estava apto para em Espírito ou no estado de consciência requerido, ver nos planos elevados e lá funcionar em corpos invisíveis.

Estudando o livro da Revelação vemos como um dos seus aspectos fundamentais que ele foi escrito dentro do místico número sete. Assim: João teve sete visões nas quais recebeu as mensagens para as sete igrejas. Existem sete anjos ante o trono, tendo sete lâmpadas de fogo e sete trombetas. Há sete castiçais, os sete selos do livro e os sete trovões. A significação do uso desse número está explicado nos ensinamentos da ciência oculta que diz que o homem é sétuplo, tendo um tríplice Espírito que possui um tríplice corpo ligado com a mente. No corpo do homem existem sete centros espirituais, os quais quando despertos e desenvolvidos expressam os poderes espirituais do Espírito interno.
Desde que o homem é sétuplo e uma vez que ele é o componente de um Todo neste campo particular da evolução -  para quem a mensagem de São João é particularmente dirigida, podemos supor que aquela mensagem que deve ser escrita no "livro" e enviada às sete igrejas contém informações a respeito do homem em si mesmo. Em outras palavras, as sete igrejas são uma forma simbólica de expressão que se refere aos sete centros no homem, os quais devem ser desenvolvidos através de um processo espiritual. Todo homem sendo um Deus em formação, eventualmente obterá o destino da Divindade.
Diagrama do Conceito Rosacruz do Cosmos
A descrição dada por aquele que fala à João com "uma grande voz como uma trombeta", sugere um Poderoso Ser da onda de vida arcangélica. A tremenda vibração emanada de tal Ser constituirá uma "veste que irá até aos pés", enquanto que o cabelo - "branco como a neve" - e os olhos "como a falma do fogo", indicam a pureza e o poder espiritual de tão exaltado Ser. A "afiada espada de dois fios" sugere o poder positivo-negativo do Espírito desenvolvidos a um alto grau.
                                              publicado na revista Serviço ROSACRUZ, dez.1964
Relacionados:

 

20 de ago. de 2012

Revelações de João, O Divino - Introdução



Na interpretação das Sagradas Escrituras e particularmente no Livro da Revelação, nós — antes de mais nada — devemos compreender que é indispensável investigar as verdades •ocultas sob a "veste", que se escondem internamente, como Max Heindel nos adverte:

"Deve ser levado em consideração que aqueles que escreveram a Bíblia não pretenderam tornar conhecida a verdade em forma tão crua para que qualquer pudesse lê-la; nem tampouco estava ausente de seus pensamentos escrever um "Livro Aberto de Deus". Os grandes videntes que escreveram o Zohar são enfáti­cos nesse ponto. Os segredos do Thorah (a lei) não são para serem com­preendidos por todos, como se vê na citação seguinte:

"Tribulação ao homem que vê no Thorah apenas simples recitativo e palavras comuns! Porque, se na verdade, ele contivesse apenas isso, nós seríamos hoje capazes de compor um Thorah muito mais admirável. Porém não é apenas isso. Cada palavra do Thorah contém um significado elevado e um sublime mistério. A recitação do Thorah são vestimentas do Thorah. Tribulação para aquele que toma a vestimenta pelo Thorah ou pelo Thorah em si mesmo !... Os simples notam as vestes e os recitativos do Thorah, não sabem outra cousa, não vêm o que se oculta sob a vestimenta. Os homens mais instruídos não atentam para a vestimenta, mas sim para o corpo que ela veste."

A Filosofia Oculta foi dada para os "homens mais instruídos", isto é, para os “iniciados” nos ensinamentos relacionados com a origem, a evolução e futuro desenvolvimento do homem e do universo. Aí temos a chave dos segredos íntimos da Bíblia. São João foi um daqueles grandes iniciados que tão zelosamente seguiram Aquele que disse: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim", isto é aqueles que estão aptos a lerem na Memória da Natureza (o Mundo do Pensamento e o Mundo do Espírito de Vida) e que adquiriram informações não existentes em nenhuma outra fonte. No Conceito Rosacruz do Cosmos é enunciado que o bem amado João simboliza a Iniciação de Vênus. Dessa forma a "Revelação" de João ou a "visão" das imagens — símbolos — são para aqueles que têm olhos para verem o registro sublime do passado, do presente e do futuro do homem, o microcosmos ou o Deus em formação, e o universo ou o macrocosmos. Essas condições englobam não somente as mudanças materiais nos corpos visíveis do homem e da terra, como também as metamorfoses menos perceptíveis nos íntimos recessos do ser humano, à medida que ele progride desde a argila a Deus. A vinda de Cristo como Espírito Planetário Interno de nossa terra abriu em toda a sua extensão as portas da iniciação para "todo aquele que quiser" e para todo aquele que ouve o perene chamamento". — "Venham a Mim" — estaremos entre aqueles "redimidos" a respeito dos quais São João profeticamente se refere. (João 5:9).


Essa é apenas uma pequena parte da Revelação de S. João. Seu total significado somente poderá ser conhecido (porque não pode ser transmitido) por aquele que se dispuser a viver uma vida cristã-rosacruz. Estas informações que damos aos Ir­mãos, são apenas informações, a direção para a consecução do grau de Verdadeiro, Real Cristão. Somente quando conhecermos o nosso Cristo Interno seremos realmente Cristãos.

8 de ago. de 2012

Os Salvos do Período de Tribulação

"E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatros cantos da Terra, que retinham os quatros ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir da banda do Sol nascente e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos a quem fora dado o poder de danificar a Terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a Terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos de Deus. E ouvi o número dos assinalados e foram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel."
 "E um dos anciões respondeu, dizendo-me: estes que estão vestidos de vestidos brancos, quem são e donde vieram? E eu lhe disse: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: estes são os que vieram de grande tribulação e lava­ram os seus vestidos e os branquearam no sangue do cordeiro. Por isso estão dian­te do trono de Deus e O servem de dia e de noite no seu templo. E aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Não mais terão fome nem terão sede; nem sol, nem calor algum cairá sobre eles porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas e Deus a limpará de seus olhos toda a lágrima" 

Ref.: Apocalípse, 7: 1-4 e 13-17

A Lei do Renascimento, uma das leis básicas expostas pelos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, está sob a administração de Grandes Seres chamados os Anjos Arquivistas ou os Senhores do Destino. Eles cuidam de que todo o indivíduo tenha a chance em obter tanto de experiência quanto ele ou ela possa resistir. Se for necessário para uma pessoa permanecer mil anos nos mundos invisíveis entre dois nascimentos, ali permanecerá. Os que evoluírem mais depressa, precisarão ficar nos planos superiores apenas umas poucas centenas de anos, como sucedeu a Max Heindel, que ficou 300 anos. Os Anjos Arquivistas ou Senhores do Destino são os "quatro anjos", mencionados por S. João, quando conta a visão que teve.
Os "servos de Deus", a que João refere-se como sendo "assinalados" em sua testa num total de 144.000 são aqueles que viveram de acordo com as leis de Deus, de acordo com o que fizeram os "vestidos brancos", o "Traje Doirado de Bodas' ou "Corpo-Alma", (composto dos dois éteres superiores do corpo vital),que será essencial como condição de vida na seguinte grande época, a Nova Galiléia. Nove é o número da humanidade, (A soma de 144.000 dá esse número: 1+4+ 4). Indica-se então que uma porção da humanidade evolverá através de grande tribulação -— suficientemente para fazer a transição para a Sexta Época.

Na Nova Galiléia a humanidade terá um corpo muito mais eterizado do que agora. A Terra será transparente também. Como resultado, esses corpos serão muito mais sensíveis aos impactos espirituais da intuição. Tal corpo nunca se cansará porque não haverá noite. A Nova Galiléia será um lugar de paz (Jer-u-salém). A Fraternidade Universal unirá todos os seres da Terra através do amor. Não haverá morte porque a árvore da vida, a faculdade de gerar a força vital, tornar-se-á possível por meio do órgão etérico que existirá na cabeça dos que se tiverem desenvolvido, os quais serão os pioneiros da humanidade daquela época.

Da série da Rays from the Rose Cross - Revelações de João, O Divino, traduzido e publicado na Serviço ROSACRUZ de Nov.1965

15 de jul. de 2012

O Argueiro no Olho

por Gilberto Silos

É admirável a atualidade dos ensinamentos bíblicos. Cada preceito parece ter o objetivo de sensibilizar o homem da nossa época, como se tivesse sido escrito nos dias de hoje. E nesse final de milênio (*), em que as relações interpessoais são muito conflitantes, a atitude mais comum é a da crítica. Crítica, julgamento e condenação, como se fossem os donos da verdade.

Lemos em Lucas. Cap.6: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e serei perdoados.” E ainda nesse mesmo capítulo lemos: “ Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” .

O homem é extremamente maniqueísta em suas críticas e apreciações. Estabelece linhas divisórias muito rígidas entre aquilo que convencionou chamar de bem e de mal, de certo e errado, de superior e inferior, de feio e belo. É um comportamento temerário, porque o entendimento humano se fundamenta na hipótese de que as coisas são exatamente o que parecem ser. É uma grande precipitação sair por aí tudo rotulando. Bom ou mau, verdadeiro ou falso, útil ou inútil, podem ter um sentido relativo. Aqui no plano material o ser humano raciocina, aprecia, analisa e opina sobre o relativismo das coisas. O que ele conhece do mundo externo chegou à sua consciência através dos sentidos, canais ainda incipientes para lhe oferecer uma visão ainda mais ampla e exata da realidade. O aspecto externo das coisas é o produto de uma atividade interna não perceptível pelos sentidos físicos. Se essa atividade não for conhecida, como compreender o fenômeno externo? Não é o corpo físico que vê, ouve, tateia, respira e raciocina. É o ser interno invisível que o realiza por meio dos órgãos corporais. O homem vê como espelho. Observa a imagem refletida, imperfeita, destorcida. Confunde-a com a realidade, percebendo as coisas mãos pelo que imagina do que pelo que realmente são.

O ensinamento bíblico do “argueiro no olho” corresponde ao que hoje em dia denomina-se autocrítica. Antes de censurar o caráter alheio por que não fazer o mesmo com o nosso próprio? Por que não avaliamos nossa conduta e a maneira como reagimos diante dos multivariados episódios que constituem nosso cotidiano? Se o fizermos com honestidade provavelmente nos absteremos de criticar as pessoas, procurando entender as razões que as levam a agir dessa ou daquela maneira.
Publicado no informativo ECOS, maio, 1997-  da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil

30 de jun. de 2012

O Reino dos Céus


A profecia a que Cristo se refere no capítulo 11 de Mateus é dada em Malaquias 3:1 : “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos”.

O “Reino dos Céus” do qual Cristo Jesus falou, obviamente se refere ao novo reino que Ele estava inaugurando, um reino de ideais mais elevados do que o imediatamente precedente. Acerca deste reino novo, Max Heindel escreveu no capítulo IX de sua obra Maçonaria e Catolicismo: “Cristo, em Mateus 11:12, disse que ... desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Esta não é uma tradução correta. Esta deveria ser: O reino do céu foi invadido (do grego biaxetai), e os invasores se apoderaram dele. Homens e mulheres já aprenderam, através de uma vida santa e útil, a deixar de lado o corpo de carne e sangue, de forma intermitente ou permanente, e a andar pelos céus com pés alados, concentrando-se sobre os serviços de seu Senhor, vestidos no traje nupcial etérico da nova dispensação.

“Esta mudança pode ser realizada através de uma vida de simples ajuda e prece, como é praticada pelos Cristãos devotos, não importando a que igreja estejam filiados ou se seguem o caminho dos Filhos de Seth. Outros conseguiram isso, seguindo os exercícios específicos dados pelos Rosacruzes”.

No entanto, os exercícios acima mencionados mostrarão resultados estéreis a menos que acompanhados por atos constantes de amor, porque o amor será a nota-chave da idade vindoura como a lei é da ordem presente.

Outro ensino foi ainda clarificado neste momento para aquele “que tem ouvidos para ouvir”: o do renascimento. Esta doutrina ensina que os seres humanos, Espíritos diferenciados em Deus, nascem repetidamente melhorando seus corpos gradualmente para aprender as lições em a ensinadas na grande Escola Divina da Vida. Desde que o homem teve que aprender a conquistar o mundo material, a doutrina do renascimento foi ensinada de uma maneira velada, até que a massa da humanidade estivesse pronta para isto. Este tempo chegou, e o ensino do renascimento agora está sendo aceito por um número cada vez maior de pessoas do Mundo Ocidental ( os orientais nunca descartaram este ensino). Além da aformação clar de Cristo Jesus: “Este é Elias (Elijah), que tinha que vir”, ainda há outras. Em Mateus 17:12 está a afirmação: “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram”. Então no capítulo 16 de Mateus Cristo pergunta a Seus discípulos: “Quem dizeis que Eu, o Filho do Homem, sou?”. A resposta veio: ”Alguns dizem que tu és João Batista;alguns Elias e outros, Jeremias, ou um dos profetas”. Obviamente, os que fizeram tais afirmações acreditavam na doutrina do renascimento.

7 de jun. de 2012

Edificando Sobre a Rocha

por Gilberto Silos

Por que as pessoas se abalam e se desesperam diante das provações? Por que muita gente saltita de religião em religião, de filosofia em filosofia, e nunca se encontra? Por que muitos cristãos, na prática, demonstram duvidar do próprio Cristianismo?

Obviamente, não existe uma resposta única a todas essas questões, mas, os fatos revelam que uma delas é a falta de uma vivência prática da essência da religião ou filosofia abraçada.

No caso específico dos cristãos, é importante destacar que Cristianismo não é entendimento de doutrina mas estado de consciência. A experiência dos evangelhos é vivida, ao passo que a doutrina é apenas inteligida, pensada. A teologia que embasa a doutrina é um processo intelectual, indireto, infinitamente inferior ao contato intuitivo, direto, com a grande realidade dos ensinamentos do Cristo.

A consciência do Cristo, latente em cada espírito, é um poder ou energia em busca de uma saída ou canal de expressão, através da vida do ser humano. Ninguém pode intitular-se cristão se não expressar em sua vida diária, na forma de pensamentos, sentimentos, palavras e atos, todos aqueles preceitos ensinados pelo Cristo através de sua vivência nos três anos de Seu ministério. Ele não apenas predicava mas praticava. A prática fortalece a fé pela comprovação dos efeitos de cada atitude, ilumina, orienta e amplia a si própria. Na experiência do dia-a-dia o cristão encontra a verdade sobre várias facetas. Nas crises mais profundas, nos momentos mais tenebrosos, a vivência lhe aguça a sensibilidade para encontrar a saída, calejando-lhe a alma na superação dos desafios. Não há tesouro algum no mundo que se compare a esse aprendizado.

Enquanto o cristão não tiver essa experiência interior, decorrente de uma vivência prática dos ensinamentos evangélicos, não conhecerá a "fé que remove montanhas". Sua estrutura anímica estará assentada sobre a areia, sendo incapaz de resistir à mais leve borrasca.
Publicado no informativo ECOS Março 1998  da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil

A Egrégora

por Osvaldo Madureira

REF. Atos dos Apóstolos, cap. 20 - vers.7 a 12.

Vers. 7 "No 1° dia da semana estando nós reunidos para partir o pão"

Paulo se refere à uma reunião DEVOCIONAL ocorrida num domingo. (1° dia da semana). "...para partir o pão". O pão transubstancial é a panaceia de Cristo, que cura os corpos e alimenta a alma. 

Vers. 8 "Havia muitas lâmpadas no cenáculo onde nos achávamos reunidos."

A presença de irmãos LUZEIROS, e possivelmente de Irmãos Maiores nesta reunião era visível por Paulo e a união com os pequenos carvões (Irmãos de BOA VONTADE) acendiam uma grande fogueira sagrada, uma egrégora temporária que se elevava à Deus.

Vers. 7 "...e o discurso de Paulo se estendia até à meia noite."

Nesta hora se reúnem os Irmãos Maiores em sintonia com Cristo para prover a Panaceia de Cura e transmutar todo o mal em bem. À meia noite é também a hora propícia para inicio de grandes atividades nos mundos espirituais com a participação generalizada de Irmãos fiéis sevidores.

Vers. 9 "Um moço chamado Eutycho sentado na janela, adormecido profundamente caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto."

Eutycho por mérito e de modo inconsciente foi envolvido pela Egrégora se projetou naquela noite até o 3° céu onde recebeu lições pertinentes àquele plano de evolução.

A egrégora esvaneceu com a retirada dos irmãos Luzeiros.

Eutycho foi arrebatado do 3° Céu onde se projetara durante à exposição de Paulo, e retornou a seu corpo físico, acidentando-se.

É um fato notável que reuniões em ambiente propício de puras e elevadas vibrações, os participantes podem se projetar conscientemente ou não a planos superiores, para trabalhar, investigar, ou receber lições diretamente da fonte.

Também é notável que todo aquele que se propõe em servir a sua Natureza Superior, e o faz com persistência, gradativamente se ilumina, dourando-se a ponto de ser notado pelos Irmãos Maiores, que vem a seu encontro e o auxilia no seu crescimento anímico.

Vers. 10 "...descendo Paulo (do 3° Céu em socorro de Eutycho) debruçou-se sobre Ele e abraçando-o disse: Não façais alvoroço pois a sua alma esta nele."

Paulo curou Eutycho.

Vers. 11 "então Paulo subiu (ao 3° Céu e retomou seus deveres sagrados) partiu o pão e comeu e falou-lhes largamente até o romper do dia." Vers. 12 "Levaram o moço vivo e ficaram muito consolados."

A Egrégora da Fraternidade Rosacruz , criada e mantida pelos Irmãos Maiores é um clima de cristalinas vibrações, que contagia a todos. Um Santuário propício de regeneração de corpos e de elevação de Almas. A pureza é a tônica Santa que mantém esta Santa Egrégora, que se ergue até o Pai.

Nossa participação como pequenos carvões (Irmãos de Boa Vontade ) é de suma importância para nosso crescimento físico, moral e intelectual a serviço de nossa Natureza Superior, e também fazemos parte da dinâmica da Egrégora da Fraternidade.

Publicado no informativo ECOS JUL/AGO 1997  da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil



6 de jun. de 2012

Qual é a Minha Família?

por Gilberto Silos

"Nisto chegaram sua mãe e seus irmãos, e tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora a tua procura. Então Ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha rnãe e meus irmãos. Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse e meu irmão, irmã e mãe"   (Marcos, Cap.3:31)

Uma leitura afoita desta passagem bíblica pode induzir a uma interpretação equivocada. Aos mais apressados ou superficiais em sua análise, pode parecer que em Cristo não existia amor familiar. Não é assim. Esse episódio deve ser interpretado à luz do cristianismo esotérico. É necessário aprofundar-se na essência, deixando a roupagem de lado.

O Capitulo 03 de Marcos carrega um conteúdo profundamente simbólico. "Tua mãe, teus irmãos e irmãs" significa a família carnal. Ora, aquela centelha do Cristo Cósmico, individualizada e manifestada no corpo físico de Jesus de Nazaré, pertencia a uma outra Onda de Vida, muito mais evoluída que a nossa. Não tinha nenhum laço de parentesco com quem quer que fosse da humanidade. Alguém pode até afirmar: "Se o corpo utilizado por Cristo era de Jesus, então tratava-se da numerosa família do exaltado filho de Maria. Maria e José, os pais, eram altos iniciados. Max Heindel assevera que a concepção de Jesus ocorreu num ato único, revestido de toda pureza. E improvável que uma grande iniciada como Maria tivesse uma prole numerosa. Sendo assim tudo indica que "Tua mãe, teus irmãos e irmãs" simboliza qualquer família humana.

O Cristo, entretanto, foi mais longe quando respondeu: "Quem é minha mãe e meus irmãos?" e correndo o olhar por todos os presentes disse: "Eis minha mãe e meus irmãos". O que significa tal resposta? É uma alusão ao amor universal, uraniano, em que o sentimento familiar abrange a raça humana na sua totalidade; em contraposição ao amor venusino, restrito aos laços consangüíneos. O amor mencionado por Cristo é despojado, capaz de superar as barreiras da nacionalidade e da raça, proclamando que sua pátria é o mundo e não o espaço físico geográfico limitado onde nasce o corpo. O espírito não tem pátria. É um filho do Cosmos. Do amor de Cristo nasce a capacidade interior de superação dos dogmas e sectarismos religiosos e a compreensão de que a verdadeira religião se manifesta na prática do bem. Seria oportuno refletirmos sobre isso, porque a religião da Idade de Aquário provavelmente não será uma instituição organizada que substituirá as já existentes, mas um estado de consciência que, eventualmente, revelará a unidade subjacente em todas as doutrinas.
Publicado no informativo ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil