7 de out. de 2025

Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa....

O Sermão do Monte Harry Anderson

 "A Bíblia foi dada ao mundo ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos, exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, encontrá-la-emos na Bíblia."  (Max Heindel.)

Bem-aventurodos soiss, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Alegrai-vos, exultai porque é grande o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram os projetas que existiram antes de vós.

A sentença chave para esta bem-aventurança, è: "A paz interior suscita a paz exterior"

Esta última bem-aventurança constitui um complemento da oitava. Ela procura chamar nossa meditação para estes pontos essenciais:

a) Que todo sofrimente advindo da reação de nossa natureza inferior é benéfico, porque acabará nos despertando e conduzindo no "reto agir";

b) Que as tendências erradas que ainda vibram em nós, suscitam reações idènticas, das naturezas Inferiores de nossos semelhantes, provando-nos por meio dos atritos de relacionamento;

c)Que estes sofrimentos internos e externos dependem de apenas uma solução: a reforma interna para o "reto agir";

e finalmente,

d) Que não há mérito nenhum nos atritos externos e nos sofrimentos decorrentes. Eles são desnecessários Podem e devem ser eliminados de nossa experiência individual, através do conhecimento e vivência da Verdade.

Tudo depende do estado vibratório de nosso intimo: de sua paz ou discordia decorrem a harmonia ou desavenças que suscitamos em nosso meio ambiente. Nisso nos assemelhamos à máquina fotográfica: a chapa não pode ser batida e reproduzida, se no filme não houve o elemento químico, que reage à luz. Também nós, através do agente da discordia, de nossos próprios defeitos, registramos e criticamos nos outros o que temos em nόs. Como diz o ditado "Quem usa, cuida". Nossas críticas em relação aos defeitos alheios, as criticas que sofremos; as adversidades todas, tém a finalidade única de nos advertir da existência de erros semelhantes, que nos convidam, desse modo, para a regeneração. É comum ouvirmos conhecidos reclamarem contra a injustiça que sofrem no lar ou no trabalho: julgam-se prejudicados em direitos e consideraсão e compreensão. Quase sempre são presunçosos e vazios. Querem receber o que não đão. A justica de Deus jamais nega aquilo a que temos direito. Assim, toda idéia de perseguição e de frustração vem do intimo.

Pode ser, também, que a coisa venha do passado. É possível que agora estejamos sinceramente, dedicados ao "reto agir" e apesar disso, soframos adversidades. No caso, a compreesãо da verdade espiritual nos deve isentar de qualquer mágoa. Se ainda sofremos é porque o "agente" do orgulho continua dentro de nós. S. Bernardo disse muito bem: "Nada pode ferir-me nem atingir-me, a não ser que eu mesma o permita" De fato, se algo encontra. guarida em nosso intimo, é porque atraimos. A Filosofia Rosacruz nos ensina "Jamais devemos nos aborrecer com as criticas. Se elas são verdadeiras, devemos ser gratos e aprovei tá-las; se não são, não cabem a nós e portanto, porque nos aborrecer? Quanto ao modo como as pessoas nos criticam, o problema é delas. Cada qual responde por seus atos."

De toda maneira, é mister humildade e positividade. Devemos estar atentos para a realidade e necessidade de reforma constante. Que tudo sirva de ensejo para aprimoramento. Que nada justifique o registro de magoa ou rancor contra quem quer que seja. Basta de registros negativos. Tomemos a resolução de incinerar, pelo arrependimento, os "arquivos negativos de nosso interior". E tiremos microfilmes para guarılar, eternamente ativo, o que existiu de bom. Esta atualização de nossos "arquivos" é sábia e indispensável.

Existe uma tradição sentimental relacionada aos mártires da cristandade e de outros movimentos edificantes. Admiramos as qualidades espirituais, a convicção e arrojo dessas pessoas. No entanto, sem o desejo de depreciar o que tinham de bom, ousamos afirmar que elas não haviam entendido bem as verdades espirituals. Os martirios poderiam ter sido evitados se elas tivessem amado realmente seus inimigos e houvessem buscado apelar para o Cristo no interior deles. Talvez tivessem arrostado um tanto precipitatinmeme as coisas na convicção dominante de que aquilo seria "para a gloria de Deus" ou para cumprimento de destino maduro. Não nos referimos ao Cristo. Ele não foi humano e nem um mártir. Tudo o que Ele fez, confirmando profecias, estava divinamente planejado, como bem ensina o "Conceito Rosacruz do Cosmos". Ele precisava de limpar a Terra de todo o rеgistro das transgressões coletivas, desde a queda, para livrar-nos do perigo de Caos e assegurar-nos maior facilidade evolutiva. Ele devia fazer a demonstração de "vencer o mundo" e através da ressurreição, vencer a morte. Ele disse "Tudo o que eu faço, vós o fareis e obras maiores ainda fareis, se me seguires". Servindo-nos de exemplo e de caminho. Cada qual também, à semelhança d'Ele, deve entrar para o interior de si mesmo e fazer a limpeza de seu subsconsciente, para experimentar a libertação de todas as peias e eliminar os efeitos dolorosos da dor, da enfermidade, do conflito e da morte.

Nossa meta, nosso Ideal, é o Cristo.

Não o modelo do Cristo derrotado, machucado, dolorido, sofredor, pregado na cruz - a sugerir nossa escravidão atual aos erros, senão um Cristo triunfante! Um Cristo ressurreto! Um Cristo libertado!

Que esta meta vos inspire a todos, na jornada!
publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1973

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